segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Mazda RX-8 (Motor de Wankel)

Bom, sei que existem centenas de sites, blogs e revistas que falam sobre carros, porém minha proposta, quando criei esse blog, é de compartilhar o meu vicio por carros. Não importa, um viciado em carros nunca esta satisfeito, ele sempre quer mais e mais. Então aqui estou eu, trazendo matérias e notícias amadoras, entretanto com aquilo que todos querem ler.

Espero que goste!

Como primeira matéria, resolvi escrever um pouco sobre uma dupla (não, não se trata de uma dupla sertaneja), e sim sobre a dupla Mazda RX-8 & Wankel Engine.


Há quase dez anos, o Mazda RX-7 deixava de ser comercializado nos Estados Unidos. Diante do primeiro caso de sucesso comercial com o motor rotativo, a Mazda já trabalhava em um novo modelo, visando ganhos em durabilidade, consumo e emissões. Mas, antes que ele entrasse em produção, a Ford assumiu o controle da Mazda e colocou o projeto na gaveta.

Foram alguns anos até a Ford perceber que um carro com motor rotativo (também conhecido por Wankel, em homenagem ao seu criador, o alemão Felix Wankel) não era apenas mais um produto no portfólio da Mazda. Em 1999, a sensação no Salão de Tóquio foi o RX-Evolv, um concept car que serviria de base para o novo RX-8.


A marca do seu visual são os traços vincados. No capô nota-se um triângulo no centro - uma alusão ao pistão rotativo, a alma do Wankel. Na traseira, as lanternas dominam e utilizam um plástico translúcido nas lentes e máscara cromada por quase toda sua extensão. Um segundo triângulo fica ao centro, entre as saídas de escape. Na busca de uma solução visualmente esportiva para o sedã, os estilistas da Mazda optaram por portas traseiras que se abrem no sentido oposto ao tradicional, para a direita, as chamadas portas tipo suicida. Para reforçar ainda mais o disfarce, não há maçanetas externas. As portas traseiras têm de ser abertas por dentro.


O Mazda é um carro baixo - tem 13,5 centímetros de altura em relação ao solo - e a posição de dirigir do sedã é de esportivo, bem mais próximo do chão que num colega de espécie. Para quem viaja atrás, a abertura das portas - apesar de estreitas - e a ausência da coluna central facilitam o acesso. Mas a realidade é que apenas dois adultos viajam com conforto a bordo do RX-8.



O desempenho em linha reta do RX-8 impressiona - ele chega aos 100 km/h em cerca de 6 segundos. Segundo a Mazda, a rigidez do RX-8 é maior que a de seu antecessor, graças a reforços no chassi. Parte desse bom desempenho está ligada à distribuição certeira de peso (50% na dianteira e 50% na traseira) e ao uso dos pneus 225/45 ZR18. O Mazda é equilibrado, mas responde às provocações à altura. Com tração traseira e motor dianteiro - e controle de estabilidade desligado -, eventuais excessos vão resultar em uma patinada das rodas motrizes nas saídas de curva. A partir daí, dá-lhe contra-esterços no volante para manter o RX-8 na trajetória. É o paraíso na pista para os adeptos do modo "com emoção"



** Curiosidade: O nome Mazda teve origem em Ahura Mazda , o mais importante deus zoroástrico da razão, que concedeu sabedoria e uniu o homem, a natureza e os outros deuses.

"A idéia dos pistões rotativos revolucionou o mundo", afirmava em 1955 a publicidade da firma alemã NSU, uma das que adquiriram a patente do motor rotativo idealizado e realizado por Félix Wankel. "Neste tipo de motor, os pistões e as bielas não funcionam violentamente como nos motores convencionais. Não existe neste motor, também, a árvore de manivela. Por esta razão, o novo motor funciona com tanta suavidade sendo, ao mesmo tempo, muito robusto". Era a primeira vez que o motor de explosão convencional tinha um rival aparentemente capaz de quebrar a sua hegemonia.

Mas as coisas não seriam tão simples como pensavam alguns. Após a primeira euforia, veio a ressaca e a maioria das marcas interessadas no motor rotativo acabaram por recuar e abandonar o seu desenvolvimento. O conceito essencial era e é simples na sua formulação, mas difícil na sua aplicação. Trata-se de um motor compacto que precisa de muito menos peças que um convencional, mas a sua fabricação resulta ser mais caro e não cumpre tão facilmente com as normas, cada vez mais exigentes, sobre o consumo e a poluição.

Funcionamento Do Motor Wankel



Os tempos do ciclo de Wankel:
a admissão (em azul), a compressão (em verde), a explosão (em vermelho) e a exaustão (em amarelo). O vértice A ajuda a acompanhar a revolução do rotor triangular.



Apesar das suas indiscutíveis qualidades de eficácia mecânica, baixo nível de vibrações e ruído e utilização de pouco espaço para o motor, o motor ainda não conseguiu destronar o de pistões (Ciclo De Otto) de movimento alternativo, com longos anos de uso e um notável grau de aperfeiçoamento técnico e, consequentemente, econômico.

Vantagens

As vantagens do motor Wankel sobre os motores a pistão convencional são muitas. Em primeiro lugar, não existem vibrações devido ao fato de que só há um movimento rotativo, isso significa ainda menor desgaste e vida mais longa. O motor Wankel não tem nada de complicado, pelo contrário, tem poucos componentes e é bem menor. Além disso ele gera mais potência e mais torque que um motor "convencional" de mesma cilindrada. Isso porque cada lado de seu rotor encontra-se em uma fase do ciclo, gerando mais explosões por volta do eixo virabrequim do que um motor a pistão.

A Mazda atualmente conta com uma nova geração de motores rotativos, chamado de Wankel Renesis pela marca, que apresentam um consumo muito semelhante a carros concorrentes. Devido ao seu princípio de funcionamento, em que não existem mudanças bruscas de componentes (alteração no sentido de movimento dos pistões), as vibrações produzidas pelo motor são bem menores, assim como o nível de ruído. Outro aspecto importante, fica por conta do torque, que é disponibilizado de forma mais homogênea e constante. Como se não bastasse, são muito mais compactos e leves, possibilitando cofres de motor também menores, centro de gravidade do carro mais baixo, frentes menores e com melhor aerodinâmica (carros com motor dianteiro)

Desvantagens

Entre suas desvantagens incluem-se uma curva de potência não muito elástica e os problemas em manter uma vedação ideal entre os cantos do rotor e as paredes da câmara de combustão devido à dilatação térmica, o que causa algumas dificuldades devido ao rigor das especificações do projeto e às tolerâncias mínimas na produção.

Além disso o motor Wankel aquece muito mais que o motor a pistões, devido às altas rotações, trabalhando sempre no "limite", por assim dizer. Outra desvantagem é a alta taxa de emissão de gases poluentes.

Carros

No dia 30 de Maio de 1967, a Mazda começou a vender o primeiro automóvel com motor rotativo de dois rotores no mundo, o Cosmo Sport, que incluía um motor do tipo 10A com uma potência de 110 cavalos. Desenvolvimentos posteriores aperfeiçoaram a economia de combustível em mais de 40% e baixaram substancialmente o nível das emissões, para alcançar a conformidade com os novos regulamentos ambientais, cada vez mais severos. Em 1970, a produção acumulada de automóveis com motores rotativos tinha alcançado as 100.000 unidades. Já em 1975, eram 500.000. Em 1978, esse número alcançou a marca de um milhão. O motor rotativo tinha vindo para ficar

No final dos anos 70, a Mazda tinha começado a produzir em massa o motor rotativo do desportivo RX-7 e este era o tipo de veículo ideal para a competição automóvel.

Em 1980, Tom Walkinshaw, que dirigia uma das melhores equipas de competição do Reino Unido na altura, vestiu a camisola do motor rotativo e, juntamente com Pierre Dieudonné, levou um Mazda RX-7 à vitória em Spa, em 1981. Um segundo RX-7 terminou em quinto lugar, dando à Mazda a Taça King, como vencedora por equipes.

A Mazda continuou a desenvolver e a melhorar o motor rotativo nos anos 80 e, em 1991, chegava a altura de perceber até onde esses progressos poderiam levar um modelo de competição. Com uma carroçaria leve em fibra de carbono e um motor com quatro rotores, o Mazda 787B venceu as 24 Horas de Le Mans, naquela que é considerada uma das maiores surpresas de sempre da emblemática corrida. Mesmo que não constituísse surpresa para os engenheiros do RX-7 ou para os seus proprietários em todo o mundo. Depois deste triunfo, o corpo de comissários de 24 horas de Le Mans baniu a utilização de motores rotativos da famosa prova de resistência – o que permitiu que a competição voltasse a ter vencedores incertos.

O Mazda RX-8 é único automóvel produzido em série atualmente, impulsionado pelo motor Wankel Renesis, com 2600cc, aspirado, e 231cv a 8200rpm. Esse motor foi desenvolvido visando reduzir o consumo de combustível e a emissão de poluentes com a utilização daquilo que os técnicos chamaram de múltiplas "luzes" na admissão e no escapamento. Nesse motor, o uso de uma única janela para a admissão e outra para o escapamento foi substituído pelo uso de múltiplas janelas na parede do estator.


Mazda RX-8 Modelo 2009 (Em Inglês)



Ficha Técnica

Motor
Rotativo, dianteiro, longitudinal, 2 rotores
Cilindrada: 1308 cm3
Taxa de compressão: 10:1
Potência: 238 cv a 8500 rpm
Torque: 22 mkgf a 5000 rpm

Câmbio
Manual, 6 marchas, tração traseira

Carroceria
Peso: 1347 kg
Peso/potência: 5,7 kg/cv
Peso/torque: 61,2 kg/mkgf
Volumes:
Porta-malas, 290 l; tanque de combustível, 45 l

Suspensão
Amortecedores hidráulicos e molas helicoidais
Dianteira: Independente, com dois triângulos invertidos
Traseira: Independente, do tipo Multilink com barra estabilizadora

Freios
Hidráulicos com disco ventilado nas quatro rodas, ABS e EBD

Direção
Hidráulica, pinhão e cremalheira

Rodas e pneus
Alumínio, aro 18; pneus 225/45 ZR18

Principais itens de série
Ar-condicionado, ABS, direção hidráulica, duplo airbag, piloto automático, trio elétrico, rodas de liga leve

Itens opcionais
Sistema de navegação via GPS, som Bose, controle de estabilidade, faróis de xenônio

Preço
26680 dólares
(nos Estados Unidos)



Fonte:

Wikipedia

Quatro Rodas

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